Regurgitações são normais e vômitos só merecem atenção quando fazem a criança perder peso.
A alimentação do recém-nascido ocupa a maior parte do tempo e das pre-ocupações das mães. Muito natural: nos primeiros meses, além da função nutricional, ela é a fonte de comunicação, conhecimento mútuo e construção de uma relação afetiva entre os dois. Por isso costuma ser encarada como uma das mais importantes responsabilidades maternas. E quanto mais intenso for esse sentimento, mais a mãe se aflige com qualquer reação inesperada do bebê. Como as golfadas de leite, depois da mamada, que levam muitas delas, aflitas, a recorrer ao médico: "Doutor, ele está devolvendo todo o leite!"
Não, não está. Os lactentes regurgitam apenas uma pequena parte, e não todo o leite ingerido, após a mamada. Cerca de 50% dos bebês apresentam essas "devoluções", que não acontecem em todas as mamadas. Elas podem começar já nas primeiras semanas e persistir até os 6 meses. A razão está numa imaturidade funcional do esfíncter esofagiano, uma espécie de válvula, cuja função é impedir o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. A imaturidade provoca episódios de relaxamento no esfíncter, resultando na regurgitação.
Bebê glutão
Não é regra, mas as regurgitações são mais freqüentes nos bebês glutões, que mamam com voracidade e muitas vezes em excesso. Deles, após uma "refeição" ávida e barulhenta, as mães podem esperar um grande arroto, para eliminar o ar ingerido junto com o leite, e uma bela golfada com seu peculiar cheirinho azedo. Essas ocorrências, também comuns nos bebês menos vorazes, são normais: não causam desconforto nem exigem da criança qualquer esforço, muito menos interferem no seu ganho de peso.
Vômitos
A mãe deve ficar atenta quando as devoluções de leite vêm, com freqüência, na forma de vômito. No caso do bebê alimentado com mamadeira, esse pode ser um sintoma de alergia à proteína do leite de vaca. Filhos de pais alérgicos, principalmente se desmamados precocemente, estão mais sujeitos ao problema. Leites especiais, cujas proteínas são quebradas em pequenos fragmentos, tendo seu poder alergênico diminuído, costumam ser indicados para eliminar o sintoma. Outra alternativa é identificar o alérgeno responsável e excluí-lo da dieta da criança.
Refluxo
Vômitos após a mamada também podem ser sinal de refluxo gastroesofágico, provocado não só pela imaturidade do esfíncter esofagiano como pela presença de ácido estomacal no esôfago. Na maioria dos casos, o distúrbio se resolve naturalmente até os 12 ou 18 meses, e muitas crianças apresentam melhora já por volta dos 6 meses. Mas em 5% dos lactentes, o problema evolui para a doença do refluxo gastroesofágico, com outros sintomas, além do vômito. A criança perde peso, apresenta chiado no peito, crises de apnéia (falta de ar), otites, irritabilidade e choro intenso. É a permanência do ácido estomacal no esôfago, que começa a provocar lesões nos tecidos, a responsável por essas alterações. O tratamento envolve desde orientações quanto à melhor posição de amamentar até intervenções com medicamentos. Em casos excepcionais, quando o problema persiste por vários anos, pode ser indicada uma cirurgia.
Amamentar
A ocorrência de vômitos e regurgitações não é justificativa para desmamar a criança. Equivocadamente, algumas mães associam essas manifestações ao leite materno. Mas elas podem ocorrer tanto com o leite do "peito" como com o leite de vaca, por se tratar de uma disfunção do esfíncter. Portanto, não é o caso de suspender a amamentação natural. Ao contrário, ela é o melhor tratamento preventivo contra as do-enças infantis e, em especial, contra manifestações alérgicas da criança.
A alimentação do recém-nascido ocupa a maior parte do tempo e das pre-ocupações das mães. Muito natural: nos primeiros meses, além da função nutricional, ela é a fonte de comunicação, conhecimento mútuo e construção de uma relação afetiva entre os dois. Por isso costuma ser encarada como uma das mais importantes responsabilidades maternas. E quanto mais intenso for esse sentimento, mais a mãe se aflige com qualquer reação inesperada do bebê. Como as golfadas de leite, depois da mamada, que levam muitas delas, aflitas, a recorrer ao médico: "Doutor, ele está devolvendo todo o leite!"
Não, não está. Os lactentes regurgitam apenas uma pequena parte, e não todo o leite ingerido, após a mamada. Cerca de 50% dos bebês apresentam essas "devoluções", que não acontecem em todas as mamadas. Elas podem começar já nas primeiras semanas e persistir até os 6 meses. A razão está numa imaturidade funcional do esfíncter esofagiano, uma espécie de válvula, cuja função é impedir o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. A imaturidade provoca episódios de relaxamento no esfíncter, resultando na regurgitação.
Bebê glutão
Não é regra, mas as regurgitações são mais freqüentes nos bebês glutões, que mamam com voracidade e muitas vezes em excesso. Deles, após uma "refeição" ávida e barulhenta, as mães podem esperar um grande arroto, para eliminar o ar ingerido junto com o leite, e uma bela golfada com seu peculiar cheirinho azedo. Essas ocorrências, também comuns nos bebês menos vorazes, são normais: não causam desconforto nem exigem da criança qualquer esforço, muito menos interferem no seu ganho de peso.
Vômitos
A mãe deve ficar atenta quando as devoluções de leite vêm, com freqüência, na forma de vômito. No caso do bebê alimentado com mamadeira, esse pode ser um sintoma de alergia à proteína do leite de vaca. Filhos de pais alérgicos, principalmente se desmamados precocemente, estão mais sujeitos ao problema. Leites especiais, cujas proteínas são quebradas em pequenos fragmentos, tendo seu poder alergênico diminuído, costumam ser indicados para eliminar o sintoma. Outra alternativa é identificar o alérgeno responsável e excluí-lo da dieta da criança.
Refluxo
Vômitos após a mamada também podem ser sinal de refluxo gastroesofágico, provocado não só pela imaturidade do esfíncter esofagiano como pela presença de ácido estomacal no esôfago. Na maioria dos casos, o distúrbio se resolve naturalmente até os 12 ou 18 meses, e muitas crianças apresentam melhora já por volta dos 6 meses. Mas em 5% dos lactentes, o problema evolui para a doença do refluxo gastroesofágico, com outros sintomas, além do vômito. A criança perde peso, apresenta chiado no peito, crises de apnéia (falta de ar), otites, irritabilidade e choro intenso. É a permanência do ácido estomacal no esôfago, que começa a provocar lesões nos tecidos, a responsável por essas alterações. O tratamento envolve desde orientações quanto à melhor posição de amamentar até intervenções com medicamentos. Em casos excepcionais, quando o problema persiste por vários anos, pode ser indicada uma cirurgia.
Amamentar
A ocorrência de vômitos e regurgitações não é justificativa para desmamar a criança. Equivocadamente, algumas mães associam essas manifestações ao leite materno. Mas elas podem ocorrer tanto com o leite do "peito" como com o leite de vaca, por se tratar de uma disfunção do esfíncter. Portanto, não é o caso de suspender a amamentação natural. Ao contrário, ela é o melhor tratamento preventivo contra as do-enças infantis e, em especial, contra manifestações alérgicas da criança.
De olho na nutrição
Após as regurgitações ou vômitos do bebê, muitas vezes as mães não sabem se a criança ficou suficientemente alimentada. A dúvida surge mais na mãe que amamenta ao peito, já que ela não vê o quanto o filho mamou. Mas não é preciso oferecer de novo o peito ou a mamadeira, pois as golfadas representam a eliminação de pequena parcela do leite ingerido. Em todo o caso, o melhor jeito de a mãe saber se o bebê está bem alimentado é ficar atenta ao ganho de peso e à rotina de sono da criança. Ganho de peso. A criança amamentada no peito recebe cerca de 750 a 900 ml de leite diariamente, engordando de 20 a 30 gramas por dia nos primeiros meses. O recém-nascido perde 10% do seu peso de nascimento, recuperando-o por volta do décimo dia. Sono. Após cada mamada, o período de sono do bebê varia de 2 a 4 horas. Sono tranqüilo, nesses intervalos, indica saciedade. Ao recém-nascido, deve-se oferecer o peito sempre que ele desejar e pelo tempo necessário para que fique satisfeito. Nas primeiras semanas, a mamada pode durar até 40 minutos, diminuindo progressivamente, porque o bebê passa a ter mais vigor na sucção. |